O Mercado
Nos últimos dias está comum ouvir a possibilidade de emergir um cenário de virada para o próximo ano na economia brasileira, portanto fica dubitável estar de olho apenas nas expectativas de aumento das receitas.
Variáveis como: preços exorbitantes, inflação, dólar, ineficientes controles gerenciais, alta tributação e outras. Estão levando empresas a não sustentarem-se economicamente, afetando a médio e longo prazo a geração de caixa.
É importante manter atenção redobrada nos gastos e antecipar esses cenários. Podendo iniciar tais passos através do conceito de antever problemas, identificando soluções de melhorias e busca de novas tecnologias.
Para isso, o Planejamento Orçamentário é a ferramenta mais indicada a ser adotada pelas empresas.
As Empresas
Apesar de parecer uma atividade comum e estar sempre nas discussões dos executivos, o Planejamento Orçamentário ainda é embrionário, segundo a BM&FBOVESPA, apenas 14% das empresas do Brasil apresentam Planejamento Orçamentário e controle de gastos que possam ser classificados como consistentes e realmente usados como instrumentos de decisão, sendo uma representatividade pequena diante da proporção nacional.
Cada vez mais as instituições financeiras têm cobrado das empresas controles eficientes e consistentes, produzidos por pessoas (analistas) que saibam decidir sobre o resultado encontrado. Uma vez que, há diversas empresas que ainda alegam ter planejamento orçamentário, controle e acompanhamento sobre seus gastos. Entretanto não passam de geradoras de números, sem critério e sem capacidade técnica de gestão sobre os mesmos.
O horizonte de projeção deve consistir no mínimo um ano de forma detalhada e para os demais ciclos, projetados de forma sintética, resultando em um plano de negócios de longo prazo. Estes são a base de premissas do Planejamento Orçamentário.
Para um orçamento eficiente deve-se considerar o seguinte tripé:
- Quais fatores impactam na composição de cada centro de resultado. Quanto mais variáveis mensuradas para compor o planejamento, maior assertividade em suas projeções, porém mais demorada é sua elaboração.
- Outro item que garante um ótimo orçamento é fundamentar as variáveis que mais impactam no resultado, tais como: a produtividade, a qualidade da matéria-prima, a eficiência, o aproveitamento de tempo dólar, mix de produtos, preço do óleo diesel, preços insumos, entre outras. Estas variáveis bem medidas, garante uma clara visão do futuro e seus impactos no fluxo de caixa da empresa. Fundamentar é criar uma base confiável para geração das premissas.
- É preciso pensar em redução de custos o tempo todo e isso necessariamente não significa somente cortar gastos, mas avaliar estratégias de investimentos que agilizem processos e que sejam mais eficientes, garantindo retorno dos investimentos e consequentemente mais lucros. Pensar em estratégias de otimização dos resultados com o mesmo volume de desembolso financeiro, porém produzindo mais. Porém, para isso são indicadas ferramentas que podem medir o quanto é necessário investir e o retorno que pode ser obtido em seu fluxo de caixa.
Comece o quanto antes o seu planejamento orçamentário
À vista disso, sugere-se que as empresas comecem com um modelo mais simples de orçamento, pois é mais fácil de vender a ideia para toda a equipe. Afinal, é melhor ter alguma projeção do que não ter nada.
O sucesso de seu negócio depende do caminho que é traçado, se não há um caminho definido, então pode-se trilhar o pior dos caminhos.
Sobre o Autor:
Peres Jean Coturi
Fundador da Custec – Tecnologia para Gestão de Custos e Resultados. Professor Acadêmico e Consultor, com vasta experiência em Implantação de Controladoria e soluções de Business Intelligence e Analytics.
Graduado em Administração de Empresa; MBA em Gestão Empresarial com Ênfase em Finanças pelo Instituto de Ensino Superior de Nova Andradina (IESNA); MBA em Agroenergia pela Esalq-USP; MBA em Data Science e Analytics pela Esalq-USP.